A utilização de padrões ISO e
conceitos de padrão de qualidade que despertam atualmente o interesse e a
atração das empresas é de fato um assunto muito antigo.
Segundo relatos históricos os
egípcios estabeleceram um padrão de medida de comprimento: o cúbito há mais de
quatro mil anos atrás. Todas as suas construções eram baseadas na unidade de
medida cúbito.
Era dever do responsável da
construção comparar o padrão que utilizava com o padrão real, pois em caso de
erro de medição esse seria punido com a morte. [Juran e Gryna, 1988].
O resultado de tamanha
preocupação com a medição é evidente na construção das pirâmides, em que os
egípcios teriam obtido precisões da ordem de 0,05% .
Existem outros inúmeros exemplos
na história da qualidade tais como: os grandes templos construídos na Grécia e
Roma antigas, os feitos de navegação no século XVI, as catedrais medievais. Em
todas essas realizações, não se dispunha de instrumentos de precisão ou
técnicas sofisticadas Na França, os construtores de catedrais utilizavam
simples compassos e cordas com nós a intervalos regulares para desenhar e
construir edifícios [Vincent, 2004].
A revolução industrial foi um
marco na história da qualidade, pois foi um período de profundas mudanças
econômicas e sociais, que tem como exemplo o início da automação e o surgimento
do consumo de massa com o surgimento de milhares de empresas que logo ocasionou
a concorrência entre elas, que por sua vez desencadeou um processo de melhoria
contínua que permanece até hoje.
Em 1924, o matemático Walter
Shewhart introduziu o controle estatístico da qualidade e na década de 1940
surgiram vários organismos ligados à qualidade; por exemplo, a ASQC (American
Society for Quality Control), a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
e, ainda, a ISO (International Standardization Organization). A Segunda Guerra
Mundial também contribuiu com o processo, quando as técnicas de manufatura
foram aprimoradas para fabricação de material bélico.
O Japão destacou-se como um
importante pólo no assunto e contribuiu com diversas novas ferramentas: o
método de Taguchi para projeto experimental, a metodologia 5S ou, ainda, os
diagramas de causa e efeito de Ishikawa, também conhecidos como diagramas
espinha de peixe.
Nos anos 50 e início dos 60,
Armand V. Feigenbaum publicou os princípios básicos do Controle da Qualidade
Total (TQC). Até este momento, os esforços para a Qualidade eram direcionados
primordialmente para as atividades corretivas e não para a prevenção.
O final dos anos 70 e os anos 80
foram marcados pelo esforço para a Qualidade em todos os aspectos de negócios e
das organizações prestadoras de serviços, incluindo finanças, vendas, pessoal,
manutenção, gerenciamento, produção e serviços.
Na atualidade, qualidade se tornou um requisito
de sobrevivência para as empresas, que precisam ser eficientes em meio a
concorrência e clientes mais conscientes e exigentes.
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