Algumas terminologias usadas na Adm. de produção


 

1 Andon


Sistema de controle visual, usado no piso de fábrica para ajudar a gerência e os operários a visualizarem a produção. Existem dois tipos de andon: um é o quadro da meta da produção; o outro é um sinal de trânsito, com lâmpadas verde, amarela e vermelha, as quais simbolizam o estado da qualidade, ou os problemas, em cada posto de processamento.
1.      Quadro da meta de produção diária – São geralmente quadros suspensos que são constantemente atualizados durante o turno;
2.      Identificação de problemas – Lâmpadas vermelha, amarela e verde que mostram visualmente a posição de um posto de processamento ou uma máquina. Pode até ser uma simples lâmpada ligada a um dispositivo de inspeção, mostrando uma condição “passa-não-passa”.


2 APG’s – Atividades de Pequenos Grupos


            São equipes de 4 a 10 pessoas de operários do “piso de fábrica” (célula, setor ou secção) que se reúnem periodicamente com o propósito de diagnosticar os problemas de manufatura. Estes grupos passam, então, a dedicar-se à resolução dos problemas, geralmente criando soluções e implantando-as.


3 Automação (em japonês, Jidoka)


            Significa controle autônomo e/ou automático com “toque humano” de todas e quaisquer anormalidades que ocorrem no “piso de fábrica”. Geralmente, o meio mais comum para se detectar uma anormalidade é o Andon.


4 Célula, Célula de Trabalho, Célula de Produção ou Célula de Manufatura


            Um layout orientado para o produto que coloca as várias máquinas na seqüência necessária para processar uma família de peças; as máquinas e a família de peças são baseadas na análise da Tecnologia de Grupo. As células estão freqüentemente em formato de U, para minimizar a movimentação entre os processos.
            A célula pode ser de uma só máquina, quando realiza todas as operações de uma peça ou de “n” máquinas.
            As células podem ser somente para uma peça, ou para uma família de peças que possuem processos similares.


5 Controle Total da Qualidade – “Total Quality Control


            Um estado de qualidade, identificado em termos de completa satisfação do consumidor. Uma indicação de boa satisfação é quando ele retorna para comprar outro produto e recomenda a outros fazerem o mesmo.


6 Estação de Trabalho – Centro de Trabalho - Centro de Produção - Posto de Produção


            É o agrupamento de máquinas de uma só especialidade, arranjadas em um setor ou departamento. A peça pode receber uma só operação ou diversas operações.


7 Estoque de Material em Processo


            É a parte de matéria-prima, itens de terceiros ou itens internos que está aguardando um trabalho acabado. O termo inventário diferencia o material em processo do inventário de material em processo. O último identifica o fato de que os materiais permanecem ociosos, como inventário, não sendo acrescido nenhum valor.


8 FIFO – “First-in, First-out


            Termo que indica a prioridade de atendimento de um serviço, consumo de um material, etc. – Primeiro a chegar, Primeiro a sair.


9 Inventário Adormecido


            São as peças que aguardam o processamento ou a montagem. O inventário de material em processo é a forma mais comum de inventário adormecido.


10 Inventário Morto


            Peças que se tornam obsoletas por modificações de projeto, as quais nunca mais serão necessárias novamente.


11 Inventário Vivo


            São as peças nas quais estamos trabalhando. Inclui também o material em processo.


12 “Just-in-Time” (JIT)


            O objetivo do JIT é fornecer exatamente as peças necessárias, nas quantidades necessárias, no tempo necessário. As entregas JIT precisam acontecer para todos os processos de manufatura, em todos os estágios de manufatura.  Isto inclui o recebimento de matéria-prima, a entrega de sub-conjuntos à manufatura e a entrega do produto acabado oa consumidor final. Todos os processos devem receber o que precisam, quando precisam e exatamente no volume necessário.
            A filosofia do “Just-in-Time” é a eliminação de tudo o que não adiciona valor ao produto.


13 Kanban


            Sistema de controle do piso da fábrica, que transmite informações da produção aos postos de trabalho interligados. A tradução literal é “registro visível” de controle de produção e inventário no piso da fábrica. O Kanban geralmente é visto na forma de um cartão; contudo, ele pode ser  qualquer sinal.


14 Kaizen


            Significa contínuo melhoramento, envolvendo todos em qualquer ambiente. Melhoramento é um conjunto de idéias, ligadas inextricavelmente, para manter e melhorar os padrões. Em um sentido mais amplo, melhoramento pode ser definido como Kaizen e inovação, onde a estratégia Kaizen mantém e melhora o padrão de trabalho através de melhoramentos pequenos e graduais e onde a inovação realiza melhoramentos radicais, como resultado de grandes investimentos em tecnologia e/ou equipamento.


15 “Lead-Time


            Expressão consagrada, que significa tempo de reabastecimento, desde a geração de uma necessidade até a sua efetiva entrega e disposição ao uso.


16 Lote Econômico (LE)


            É o número de peças que devera ser produzido em um lote, para minimizar:
1.      O custo de “set-up” para produzir uma peça.
2.      Os custos de estocagem para controlar as peças, após estas serem fabricadas.


17 Matéria-Prima e Componentes Adquiridos


            Reunião de toda matéria-prima recebida e dos componentes acabados, obtidos de terceiros ou fornecedores.


18 Material em Processo


            É aquela parte da matéria-prima, itens de terceiros ou itens internos que está sendo trabalhada, mas que ainda não é um produto acabado. Estas peças estão nas máquinas e, atualmente, está sendo executado algum trabalho ou está sendo acrescido algum valor a elas.


19 TPM (Manutenção Produtiva Total)


            A manutenção produtiva total visa a maximização da efetividade do equipamento durante a vida inteira dele. A MPT envolve todos em todos os departamentos e em todos os níveis; ela motiva as pessoas para a manutenção da fábrica através de atividades voluntárias e em pequenos grupos e envolve elementos básicos, como o desenvolvimento de um sistema de manutenção, o ensino sobre organização básica, a habilidade para resolver problemas e as atividades para chegar a zero quebras de máquinas.




20 OTED – “One Touch Exchange of Die


            Troca de Ferramenta em Um Toque, significa fazer uma mudança de ferramental com dispositivos automáticos ou projetados, dentro de um minuto.


21 Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP)


            É um sistema de programação da produção e controle do inventário, que gerencia o tradicional sistema de produção em lote. O MRP é o sistema de controle do piso da fábrica para o MRP II, mais amplo, o sistema de planejamento dos recursos de manufatura.


22 Planejamento dos Recursos de Manufatura (MRP II)


            É um sistema interligado em toda empresa, que inclui o planejamento comercial e o planejamento financeiro.


23 Poka-Yokes


            Dispositivos que previne descuidos e erros inadvertentes. São dispositivos colocados no ferramental, em cada máquina de processamento ou posto, para evitar que uma peça com defeito vá para o processo seguinte.


24 Produção em Fluxo de uma Peça


            É uma técnica de produção onde a peça flui pela linha de máquinas de produção sem parar, do início ao fim. Também conhecida como sistema de lote unitário ou células de produção/manufatura.


25 Produção em Pequenos Lotes


            Uma variação do conceito do fluxo de um peça. Algumas peças podem ser produzidas em grandes proporções e pode ser impraticável produzí-las uma de cada vez. Neste caso, produzir apenas o volume necessário para abastecer a próxima operação por uma ou duas horas e colocar este pequeno lote de peças no contenedor. Este inventário de uma ou duas horas é uma segurança contra a possibilidade de uma máquina quebrar. Se uma máquina não for tão confiável, você poderá exigir mais segurança contra seu próprio tempo de reparo. As peças são freqüentemente fabricadas em pequenos lotes de 10 peças, 100 ou múltiplo de 10.


26 Qualidade Perfeita


            É o estado atingido na manufatura quando não existe comprometimento com o processo de qualidade. Se o processo de qualidade não for atingido, a peça não passará para a próxima operação.


27 Seiban


            Significa o contrário de Kanban, ou seja, programar e controlar a produção por previsões (empurrar).


28 “Set-up


            Troca e Ajuste de Ferramentas (moldes, estampos, etc.) É o intervalo de tempo decorrido entre duas corridas de produção.


29 Sistema de Empurrar


            Sistema tradicional de programação de produção. Conforme as peças são processadas de acordo com o programa, elas são empurradas para o próximo processo, independente de serem ou não necessárias naquele momento.
            “Empurrar” pressupõe que a previsão de vendas vai dar certo e toda a empresa “trabalha” achando que vai dar certo !


30 Sistema de Puxar


            Conforme as peças são necessárias por um posto de trabalho, elas são requisitadas e conduzidas (puxadas) até este posto de trabalho.
            “Puxar” parte do princípio de só produzir quando houver vendas e toda a empresa cria condições para reduzir o ciclo de manufatura.
            “Supermercado” designa os locais abertos para a estocagem de matérias-primas, peças em processo, componentes acabados, etc.
            Os locais podem ficar no departamento, na seção, em uma célula ou até mesmo em uma máquina.
            A expressão “Supermercado” caracteriza em local não fechado, sem guichês, sem registro, etc., onde aquele que precisa de um certo material vai buscá-lo com um Kanban.

 

 

31 SMED – “Single Minute Exchange of Die


            Troca de Ferramentas em Minuto Simples (1 dígito). É a preparação e ajuste rápido; com tempo de até 9,9 minutos, ideal para a produção em lotes pequenos.


32 Tecnologia de Grupo


            É uma análise de dois passos:
1.      Organizar diferentes peças em grupos baseados nas semelhanças de seqüência de produção, tipo de material, dimensão e forma.
2.      Determinar uma célula de trabalho que seja capaz de produzir esta família de peças.


33 Tempo de Ciclo


            É o tempo de execução completa de todas as operações de uma peça ou montagem de um produto. É o tempo que comanda o ritmo de sistema de puxar.




Histórico



            O “Sistema de Produção Toyota”, mais conhecido como “Sistema Kanban”, é uma técnica originalmente desenvolvida na Toyota Motor Company por seu ex-vice-presidente Taiichi Ohno, nos últimos 25 anos. Este sistema que criou raízes na companhia foi gradativamente adotado por suas subsidiárias. Posteriormente, serviu de base para programas semelhantes em grande número de empresas industriais no Japão.

            Existem duas características distintas no sistema. Uma é a produção Just–in-Time, onde somente os produtos necessários, no momento certo, nas quantidades requeridas, devem ser produzidos, mantendo o estoques em níveis mínimos. A outra visa a obter a plena utilização dos recursos humanos, por meio da exploração de sua capacidade, estimula a participação ativa na produção, melhoria da produtividade e das condições gerais de trabalho. A conseqüência do envolvimento dos trabalhadores nas soluções de problemas ampliou suas habilidades e aumentos a motivação.

            Os pontos que enfatizaram a implantação do sistema Kanban forma:

·         A inexistência de recursos naturais, gerando uma atitude voltada ao combate do desperdício.
·         O elevado grau de conscientização do operário japonês com relação à importância da empresa onde trabalha e a retribuição por parte deste, repartindo lucros obtidos com seus empregados.

Foi observado que na atividade de fabricação o desperdício se apresenta, principalmente, em sete diferentes formas:

·         Desperdício provocado pelo EXCESSO DE PRODUÇÃO
·         Desperdício provocado pelo TEMPO OCIOSO
·         Desperdício provocado pela FABRICAÇÃO INDEVIDA
·         Desperdício provocado pelo TRANSPORTE
·         Desperdício provocado pela PRODUÇÃO REJEITADA
·         Desperdício provocado pelas ATIVIDADES IMPRODUTIVAS
·         Desperdício provocado pelo ESTOQUE

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