Posted: 04 Jul 2012 07:36 AM PDT
A
decepção faz parte da vida. Afirmo perentoriamente que é necessário para
o desenvolvimento humano. O desapontamento, na grande maioria das vezes
é um impulso para a ação, fornece-nos motivação para crescer e ir ao
encontro dos nossos objetivos. A decepção pode considerar-se sempre que
identificamos um erro entre aquilo que desejamos alcançar ou que
acontecesse e aquilo que realmente alcançámos ou que aconteceu. Sempre
que identificamos esta discrepância, na grande maioria das vezes podemos
ficar decepcionados, com os outros ou connosco mesmo.
Mas é extamente essa discrepância que nos
permite avançarmos, que nos permite questionarmo-nos, que nos permite
olhar a realidade de frente e progredirmos. A decepção é uma forma de
frustração, e aprender a lidar com a frustração é uma habilidade
necessária para conseguirmos lidar com as nossas emoções de forma
funcional.
A DECEPÇÃO COMO PROMOTORA DO DESENVOLVIMENTO
Para promover o crescimento, a decepção
precisa ser experimentada, pelo menos num primeiro momento, em pequenas
doses controláveis. Aprender a gerir de forma “ótima” as decepções e
frustrações na infância ajuda-nos a desenvolver a capacidade de lidar
com as decepções mais dolorosas que encontramos ao longo de toda a vida.
Por outras palavras, experimentar decepções toleráveis quando somos
jovens, enquanto os nossos pais estão lá para nos ajudar a lidar com
elas, ajuda-nos a construir ”músculos” psicológicos, força emocional e habilidades para lidar com esses sentimentos.
Não pretendo passar a mensagem que os pais
devem deliberadamente procurar formas de decepcionar os seus filhos.
Nada disso. No entanto, é importante no desenvolvimento das crianças que
não aja uma super proteção, devendo considerar-se normais pequenas
frustrações e toleráveis algumas insatisfações. Este processo de viver
as experiências menos boas sem alarmismos, por exemplo, não ser capaz de
encontrar um brinquedo favorito, não ser satisfeito um pedido de doces
no supermercado, ter que ficar com uma babá por algumas horas, e até
mesmo ter que dividir algo com um irmão, faz parte do importante
processo de construção de habilidades de enfrentamento.
Se você é pai, educador ou professor pense
nisso por breves momentos. Pense numa forma de desenvolver força
emocional na sua criança ou jovem. Por outro lado, se você já é adulto e
sente que tem problemas em lidar com a decepção, muito provavelmente
não desenvolveu determinadas habilidades chave quando era mais novo. Por
esse motivo não julgue que algo de errado está acontecendo com você. O
que necessita é entender os gatilhos que fazem disparar a sua decepção e
as crenças que as suportam. Todos nós ao longo da nossa vida
vamos construindo um conjunto de conceitos e ideias que nos servem de
orientação e pela qual olhamos o mundo. Mas se essas crenças forem
demasiado rígidas, podem causar-lhe problemas encaminhando-o para uma
frustração recorrente, empurrando-o para uma decepção generalizada com a
maioria da pessoas e/ou da visão que possa ter acerca do mundo.
Na vida adulta, muitas são as vezes que as
coisas não acontecem de acordo com as nossas expetativas. Muitas são as
vezes que as pessoas não agem de acordo com aquilo que esperamos. Por
vezes infligem-nos sofrimento, falham connosco, são ingratas e injustas,
levando-nos ao sentimento de decepção. Para lidar com este sentimento
de forma a não sairmos denegridos, prejudicados e acima de tudo
deprimidos, importa sermos flexíveis, importa acionarmos a aceitação da
realidade.
Falei de forma mais aprofundada acerca do assunto, no artigo: Como abandonar o sofrimento, quando este é prejudicial?
ACEITAR A REALIDADE
Uma das chaves para lidar com a decepção
dos outros, é perceber e tomar consciência que somos todos humanos, e os
seres humanos são, por definição, seres imperfeitos. Todos nós, cada um
de nós, decepciona alguém, em algum momento ou outro. Reconhecer este
fato da experiência humana pode ajudar-nos a lidar com a dor da
desilusão, quando se trata de aprofundar a nossa capacidade de amar e
conetarmo-nos com a “imperfeição” dos outros.
Todos temos modelos pelos quais aprendemos
a agir no mundo. Essas pessoas transmitem-nos algumas linhas de
orientação que nos servem ao longo da vida. São pessoas que admiramos,
que idolatramos e que acima de tudo respeitamos. No entanto, essas
pessoas de referência também são humanas, cometem erros, deslizes e por
vezes injustiças, direta ou indiretamente, acabando por decepcionar-nos.
No processo de enfrentar as frustrações (processo de ruptura com o modelo),
grandes e pequenas, quer em tenra idade quer na idade adulta
permite-nos colocar à prova as nossas habilidade de enfrentamento, e com
isso desenvolvermos a capacidade de nos ajustarmos à realidade das
situações.
Este processo pode ser complicado, mas aplicando alguns passos você pode conseguir ultrapassar o sofrimento da sua decepção:
- Fale sobre a sua decepção. Abordar o assunto pode parecer fazer piorar a dor no início. Mas, acredito que ao falar sobre os motivos e acontecimentos que o conduziram até à sua decepção pode ser promotor de esclarecimento e da procura de um atenuante. Conversando com amigos, parentes, ou um profissional pode ajudá-lo a processar os sentimentos e a restabelecer o equilíbrio emocional.
- Lembre-se que existem sempre várias versões para uma história. Tente obter mais informações antes de tomar qualquer ação ou tomar qualquer decisão sobre como responder a uma situação.
- Coloque-se no lugar da outra pessoa. Mesmo se você tenha uma opinião diferente, não diga, “Eu nunca faria isso.” Quem sabe, você até poderia fazer se estivesse na mesma posição.
- Seja gentil com você mesmo. A raiva, que pode ser o seu sentimento primário, muitas vezes é uma reação à dor. Tente reconhecer o quão você se sente magoado e tenta amenizar a sua dor com gentileza e bondade. Esforce-se por não ficar demasiado ressentido ou rancoroso.
- Converse com a pessoa que foi alvo da sua decepção, se for possível, pode ser útil, mas às vezes pode piorar as coisas. Então, seja claro sobre o que você pretende alcançar com essa possível conversa. Insultar ou atacar provavelmente não vai ajudar. Procure envolver-se numa discussão realista sobre o que a outra pessoa fez, e o quanto isso tem perturbado você, pode ser útil.
O QUE PODE ACONTECER AO LIDAR DE FORMA DESTRUTIVA COM A DECEPÇÃO?
A decepção não é inerentemente algo mau. A
decepção comporta em si um lado duplamente positivo. Uma das razões é
porque ela representa a paixão a uma causa, a um valor ou a uma pessoa. A
outra razão é que ela impulsiona-nos à resolução e
à combatividade perante a frustração experienciada. Quanto
maior a sua decepção, maior o significado da sua paixão e
consequentemente maior poderá ser o impulso para a solução. No entanto,
nem sempre assim é. Nem sempre a pessoa canaliza essa enorme energia da
melhor forma e na melhor direção.
Com estes
dois lados positivos da decepção, a emotividade pode tomar conta da
pessoa e os disparates serem o porta estandarte da estratégia de
enfrentamento. Certamente esta não será uma forma funcional de lidar com
a decepção.
Para aprofundar o assunto, leia: O lado positivo do desapontamento e da tristeza
Por
exemplo, sempre que você tenta afogar a sua desilusão, negar os seus
objetivos e sonhos ou mesmo desistir deles, você está realmente apenas
rejeitando quem você é verdadeiramente. Ao subjugar os seus desejos, as
suas vontades, os seus objetivos, os seus sonhos, as suas visões, o seu
verdadeiro eu, você anula-se. Quando você tenta negar os seus desejos
reais, você está apenas consumindo-se. Você pode tentar fingir que está
tudo bem e continuar normalmente na sua vida quotidiana, mas você não
pode enganar o seu subconsciente. Quando você se separa dos seus valores
e daquilo que é significativo para si, a vida começa a ser vivida de
forma vazia. Com o tempo, você corre o risco de ir-se afundado num
estado de decepção e insatisfação que pode conduzi-lo para um estado de
apatia geral. Você começa a viver todos os dias “sem vida”, sem paixão
ou entusiasmo. Você passa a sentir-se estéril e vazio. Com alguma
naturalidade você pode cair em depressão.
A boa notícia é que lidar com a decepção
não tem de ser desta forma. Você não está sozinho na sua desilusão.
Todos nós somos susceptíveis à decepção e certamente em algum momento
iremos ficar decepcionados. Seja com os amigos, familiares, professores,
gestores, colegas de trabalho, enfrentar a decepção é uma realidade da
vida. Não é um fenómeno exclusivamente seu. Ainda que na grande maioria
das vezes a decepção possa ser disparada por um gatilho do qual você não
tem plena consciência, você pode proativamente lidar com isso de uma
maneira consciente. Desde que aprenda como lidar corretamente com as
suas decepções, você pode levar a vida de forma funcional, em
alinhamento com as suas paixões e desejos interiores.
LIDAR DE FORMA CONSTRUTIVA COM A DECEPÇÃO
Coloque-se num estado mental mais claro
sempre que você experimentar a decepção. Num estado de abatimento você é
puxado para baixo, para um estado inferior, onde os seus pensamentos
são predominantemente enraizadas no medo, tristeza, dor, ou até mesmo
apatia. E, usualmente tudo este processo ocorre de forma subconsciente.
Pode haver momentos em que o sentimento de decepção é tão avassalador
que parece o fim do mundo. A tristeza instala-se, com isso você aciona
uma ponte para o seu passado, relembrando-se de mais acontecimentos de
tristeza que comprovam a sua decepção. O ciclo de negatividade cresce de
forma automática, dado que a tristeza alimenta a tristeza. Os seus
níveis de energia diminuem podendo levar à resignação e à letargia.
Ficar preso num tal estado que o impede de
pensar logicamente e com clareza, é desvantajoso. Ao lidar com a
decepção, o seu primeiro foco deve ser tentar trazer a sua consciência
para um nível mais neutro ou positivo, tentando colocar-se num estado de
maior capacidade para reagir à sua situação.
Procure atividades positivas, onde possa
energizar-se a si mesmo. Que atividades você mais gosta de fazer na sua
vida? Identifique-as. Pode-se escrever isso numa folha de papel, jogar,
andar no parque, assistir a um filme de comédia ou conversar com amigos
divertidos. Se você acha que ler o seu livro favorito puxa por você, em
seguida, pegue no livro e comece a lê-lo. Se dar um passeio à beira-mar
ou à volta da sua casa torna-o mais descontraído, em seguida, saia de
casa e desfrute da brisa lá fora. Se jogar pode fazê-lo sentir-se
melhor, vá em frente e jogue. Faça tudo o que possa fazê-lo sentir-se
melhor. Às vezes, simplesmente passar algum tempo sozinho pode ser a
melhor maneira para você arrumar as suas ideias e recuperar a energia
perdida.
Talvez todas estas recomendações possam
parecer-lhe banais, coisas normais, coisas que você até já sabe que são
úteis. No entanto digo-lhe que são muitos eficazes. Na grande maioria
das vezes as coisas mais simples são as que funcionam, mas são
igualmente aquelas às quais somos mais resistentes. Isto acontece porque
julgamos precisar de um “milagre” para nos sentirmos melhor. E, também
porque se você não sente vontade nenhuma para fazer algumas das coisas
sugeridas, porque razão se vai propor a isso? Porque num estado de
decepção, é benéfico que você seja proativo no restabelecimento do seu
humor e do seu equilíbrio emocional. Certamente concorda? Acredito que
sim. Então é lógico fazer coisas para voltar a sentir-se bem, certo?
Volto a acreditar que concorda comigo. Perante este raciocínio, reforço a
ideia de que uma das melhores formas para lidar com o seu estado de
decepção é fazendo coisas para voltar a sentir-se bem.
Acredito que aliado às estratégias
referidas anteriormente para resolver a situação prática com a pessoa
que foi alvo da sua frustração, uma combinação de atividades, incluindo o
tempo sozinho, conversar com bons amigos, assistir aos seus programas
favoritos e jogar os os seus esportes favoritos ajudam a recuperar-se
para um estado de capacidade.
LIGUE-SE AO SEUS VALORES, DESEJOS, INTERESSES E NÃO AOS RESULTADOS
Quando você está desapontado, a sua fonte
de decepção pode estar enraizada no seu apego excessivo a um determinado
resultado. Quando um resultado não se manifesta do jeito que você
imaginou, você fica decepcionado. Esta é uma resposta perfeitamente
natural. No entanto, entenda que as suas expectativas no resultado, ou
objetivos, são um reflexo ou projeção externa de um desejo subjacente
que você tem. As expetativas podem ou não ser projeções precisas, porque
são interpretações meramente subjetivas do que você pensa que é
necessário para viver de acordo com o seu desejo subjacente.
Por exemplo, digamos que você foi a uma
entrevista na empresa “A”. A Empresa “A” oferece um pacote de benefícios
grande, você já ouviu elogios sobre o local. Você pretende fazer uma
carreira na empresa “A”. No entanto, você é preterido por outro
candidato a quem consideraram como tendo um melhor perfil para o cargo.
A empresa passa a ter uma política de apenas aceitar um candidato uma
vez a cada dois anos. Não há nenhuma maneira de você tentar de novo nos
próximos dois anos. O que você deve fazer a partir daqui?
O segundo passo para lidar com a decepção
exige que você olhe para os seus desejos e objetivos e não propriamente
para o seu resultado obtido. Comece por reconhecer que um emprego na
empresa “A” é apenas uma projeção dos seus desejos internos. O seu
desejo interior pode ser o de obter uma carreira desafiante e ter um
emprego num ambiente de trabalho dinâmico. Se tentou e não conseguiu um
bom resultado, há muitas maneiras para alcançar o seu desejo, como
trabalhar na Empresa G, Empresa X, ou mesmo a criação do seu próprio
negócio. Trabalhar na empresa “A” era apenas uma das muitas maneiras de
você poder conseguir isso.
Neste exemplo, era importante não
personalizar a decepção. Ou seja, era importante não ficar decepcionado
consigo mesmo, nem atribuir descrédito às suas capacidades ou
habilidades. Nestas situações, tal como referido anteriormente é
importante encarar a realidade dos fatos, e não entrar num ciclo de
negatividade. É importante perceber a razão do abatimento e da
frustração, mas depois, com clareza tentar perceber que na base da
desilusão está algo bom: os seus desejos. E esses desejos podem
continuar a alimentar as suas ações no sentido de chegar onde pretende.
A decepção só é prejudicial quando você a usa para o travar, para o
imobilizar na sua frustração e impedir que continue em frente.
LIBERTE-SE DA SUA ILUSÃO MENTAL
É importante trabalhar a sua capacidade de
adaptação às circunstâncias da vida e à mudança, desenvolvendo a sua
flexibilidade de pensamento. Muitas pessoas permanecem num estado
desapontado porque ficam enraizadas nas suas expectativas acerca de como
a realidade deve ser. Se você está decepcionado com alguma coisa, muito
provavelmente pode estar a alimentar certas percepções sobre como as
coisas deveriam ser. Estas percepções não são a realidade, elas são
invenções criadas por si na sua mente, não propriamente falsas, mas
elaboradas nas suas crenças e formas de olhar o mundo. Nem verdadeiras,
nem falsas. Mas se estão contribuindo para a sua decepção, merecem ser
revistas, merecem um outro olhar.
Estas ilusões mentais são desencorajadoras
porque mantêm-no preso num estado negativo. Algumas dessas ilusões são
alimentadas por distorções do pensamento,
impedindo-o de progredir na direção para onde você pretende ir. Lidar
de forma assertiva com o desapontamento requer que você fique ciente das
suas ilusões mentais.
Quando você está desapontado, pergunte a
si mesmo: “o que é que me está a fazer ficar preso neste sentimento? A
que falsas percepções é que eu estou a agarrar-me ? Que ideias fixas da
realidade eu estou a levar em consideração?
Procure essas ilusões, uma por uma.
Pergunte-se como e quando você passou a ter essas ilusões.
Consciencialize-se delas e liberte-se delas. Estas ilusões são o que lhe
dá uma visão errada da realidade. Elas estão impedindo que você aja
construtivamente sobre a sua situação ou viva a sua vida da maneira que
pretende.
ENTENDA QUE OS RESULTADOS INDESEJADOS PODEM NÃO SER RETROCESSOS
No artigo, o lado positivo do desapontamento e tristeza,
expliquei que uma das razões pelas quais as decepções podem ser
positivas é porque representam uma oportunidade de crescimento. Muitas
pessoas decepcionam-se com algumas situações ou resultados, porque vêem
isso como uma derrota ou um fracasso comparativamente ao que querem
atingir. Sentem-se como se tivessem dado um passo para trás
relativamente às suas expetativas.
Por exemplo, digamos que você investiu muito do seu tempo na preparação para os exames. Você tinha a crença de que essas ações, juntamente com o que você sabia (a sua realidade), resultaria num resultado positivo. No entanto, em vez de atingir esse resultado, você ficou aquém das suas expectativas.
Provavelmente perante uma situação como a
descrita anteriormente você ficaria desapontado, essa experiência é
realmente exemplificativa que existia um equívoco no seu pensamento. A
apreciação inicial levou-o a concluir que o que fez e sabia era
suficiente para alcançar o resultado pretendido, que na verdade não foi.
Em vez disso, você pode precisar de aumentar os seus recursos ou mudar a
sua abordagem para alcançar os resultados desejados. A sua decepção tem
realmente como finalidade ajudá-lo a mover-se em direção aos seus
objetivos, e não conduzi-lo para longe como se pensava inicialmente.
Neste exemplo, e sendo abordado de forma
construtiva, iria servir para a obtenção de novas lições, seja sobre si
mesmo, a situação ou mesmo do mundo. Você ganhou alguma coisa que
ninguém mais poderia fornecer-lhe. Como pode um resultado negativo ser um revés se lhe deu algo novo para aprender?
Você chega a um novo nível de consciência e crescimento que nunca teve
antes. A decepção serviu-lhe, promoveu-lhe novos entendimentos e formas
mais funcionais para obter o que desejava
AVANCE: FOQUE-SE EM FAZER O MELHOR QUE PUDER
Lidar com a decepção não é definitivamente
uma tarefa fácil, mas se você trabalhar focado nas etapas mencionadas
acima, acabará por ajudar a retirá-lo do estado vazio e confuso que
provavelmente se encontra. Ainda que alguns dos seus objetivos do
passado possam ter culminado em decepção, isso pertence ao passado. Você
agora tem a possibilidade de lidar com as frustrações de uma forma mais
funcional e vantajosa para si. Mantenha-se focado nos seus desejos e
nos seus sonhos de vida. Não olhe os resultados como fracassos usando a
decepção como uma paralisia da ação. Com os seus desejos em mente,
continue em frente. Tal como como transmiti no artigo: Flexibilize-se, adapte-se e tire vantagem da mudança.
No entanto, tome nota para não prender-se ao fracasso ou falha de
alguns dos seus objetivos. Quando você faz isso, começa a cair na
armadilha de associar a sua própria pessoa aos objetivos menos
conseguidos. Isso não é sustentável, porque esses objetivos são apenas
resultados externos, que são impermanentes. Você é muito mais que os
seus resultado ou decepções. Você é aquele que pode aprender e crescer
com isso.
“A vida não é apenas sobre como alcançar as metas, é sobre vivê-las ao máximo.”
Em cada situação que sabe poder conduzi-lo
ao seu objetivo, escolha as ações que lhe permite viver em alinhamento
com os seus desejos mais íntimos, de acordo com as suas habilidades,
dentro dos seus contextos situacionais. À medida que você for fazendo
isso, não há razão pela qual possa sentir-se para baixo, porque tem
feito tudo aquilo que pode fazer. Eu escrevi sobre este assunto no
artigo: O poder da ação, fazer o que é necessário ser feito.
Quando você começar a fazer isso, vai perceber que é capaz de viver
conscientemente e livremente em vez de sujeitar-se aos resultados. Você é
capaz de canalizar construtivamente a paixão dos seus desejos mais
íntimos para viver o tipo de vida que você quer.
Abraço
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