Como a Geração Y está transformando o mercado de trabalho?





A geração y no trabalho
Eles querem bons salários e tempo para o lazer
Trabalhar para viver ou viver para trabalhar? Se a pergunta for feita a um jovem da geração Y, formada por pessoas nascidas entre meados dos anos 80 e 90, a resposta mais provável será a primeira opção. Estudos revelam que esse grupo de novos trabalhadores ao mesmo tempo em que quer status e bons salários, resiste a fazer horas extras e não abre mão do lazer.
Para os Y, o ritmo de trabalho deve ser moderado, desejo que contrasta com a postura da geração X (pessoas nascidas na década de 70), mais acostumada a levar trabalho para casa e disposta a perder, se necessário, os fins de semana e feriados. Alguns estudos mostram ainda que os jovens não estão dispostos a trabalhar 15 ou 20 anos em uma única empresa, como também não se importam com a troca da chefia – para eles, a mudança pode significar crescimento e oportunidades.
Na realidade, o fator determinante para a permanência de um profissional da geração Y no emprego é a identificação com os valores da empresa, a transparência das tarefas de cada profissional e, principalmente, o feedback regular do trabalho executado. Um levantamento da Fundação Instituto de Administração da USP (FIA), por exemplo, que ouviu cerca de 200 jovens nascidos entre 1980 e 1993, constatou que 99% deles só se mantêm envolvidos em atividades que gostam e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal.  Já uma pesquisa realizada pela Association of Graduate Recruiters com 211 recém-formados mostrou que na avaliação dos próprios jovens, eles apresentem o perfil ideal para o mercado de trabalho, porém eles também acreditam que os chefes e os diretores das empresas os consideram instáveis e egoístas.
Dado o estilo diferenciado desta geração, cabe agora às empresas desenvolver programas voltados ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal desses funcionários, já que segundo o grupo DMRH, especializado em recursos humanos, a geração Y ocupa cerca de 20% dos cargos de gerência das firmas instaladas no Brasil. Portanto, o desafio essencial dos gestores é descobrir que, na realidade de hoje, e na sociedade de redes, gerenciar pessoas é um processo diário de negociação e de aprendizagem. 



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